A dança
de ventre é uma famosa dança
praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e da Ásia
Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada entre 7000 e 5000 a.C, os seus movimentos aliados
a música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados no Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsiae Grécia, e tinham como
objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães. Com a invasão
dos árabes, a dança foi
propagada por todo o mundo. A
expressão dança do ventre surgiu na França, em 1893. No Oriente é conhecida pelo nome em árabe raqṣ sharqī (رقص شرقي, literalmente "dança
oriental"), ou raqṣ bládi (رقص بلدي, literalmente "dança da
região", e, por extensão, "dança popular"), ou pelo termo turco çiftetelli (ou τσιφτετέλι, em grego).
É
composta por uma série de movimentos vibrações, impacto, ondulações e rotações
que envolvem o corpo como um todo. Na actualidade ganhou aspectos sensuais
exóticos, sendo excluída de alguns países árabes de atitude conservadora.
A dança
de ventre é uma famosa dança
praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e da Ásia
Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada entre 7000 e 5000 a.C, os seus movimentos aliados
a música e sinuosidade semelhante a uma serpente foram registrados no Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsiae Grécia, e tinham como
objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães. Com a invasão
dos árabes, a dança foi
propagada por todo o mundo. A
expressão dança do ventre surgiu na França, em 1893. No Oriente é conhecida pelo nome em árabe raqṣ sharqī (رقص شرقي, literalmente "dança
oriental"), ou raqṣ bládi (رقص بلدي, literalmente "dança da
região", e, por extensão, "dança popular"), ou pelo termo turco çiftetelli (ou τσιφτετέλι, em grego).
É
composta por uma série de movimentos vibrações, impacto, ondulações e rotações
que envolvem o corpo como um todo. Na atualidade ganhou aspectos sensuais
exóticos, sendo excluída de alguns países árabes de atitude conservadora.
Origem
A origem é controversa. É comum atribuir a
origem a rituais de fertilidade no Egito, embora a Egiptologia afirme que não há registros desta
modalidade de dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que
alguns dos movimentos, como as ondulações
abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar
às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi
incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média.
Não há, contudo, registros em abundância da evolução na Antiguidade.
Por
possuir elementos corporais e sensuais femininos, acredita-se que sua origem
remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico,
cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitivaera
considerada um ritual sagrado. A origem está relacionada aos cultos primitivos
da Deusa Mãe,
Grande Deusa ou Mãe Cósmica: provavelmente por este motivo,
os homens eram excluídos do cerimonial (Portinari, 1989). As mais antigas
noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na
única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi
extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz
de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do
útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este
sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das
razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em
movimentos pélvicos e abdominais.
As
manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente
executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como
objetivo através ritos religiosos,
o preparo de mulheres para se tornarem mães.(Penna, 1997).
Evolução técnica: aspectos gerais
Os movimentos são marcados pelas ondulações abdominais,
de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos
(shimmies) e batidas de
quadril , entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco,
as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos
do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as
mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando,
realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a
ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os
movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas
desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre.
Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, com a inclusão dos movimentos
do ballet clássico russo em 1930. Dentre os estilos
mais estudados estão os estilos das escolas:
- · Norte-americana: manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados;
- · Libanesa: com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados.
- · Egípcia: manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados;
- · Brasileira revela uma tendência de copiar os detalhes de cada cultura, para fins de estudo e aumento de repertório, e tem se revelado ousado, comunicativo, bem-humorado, rico e claro no repertório de movimentos.
O estilo Dança do Ventre do Egito Faraonico, a
Dança di Iaset : foi criado no Brasil, em 1993, pela professora
Regina Ferrari , com passos do ballet classico mesclados com movimentos da
dança do ventre arabe , associados a uma interpretacao ficticia para cada
movimento,como uma representacão artistica das danças do antigo Egito.Nao é una
dança com finalidade esoterica , para ser usada em rituais de magia. A
finalidade foi de permitir as mulheres brasileiras praticarem a danca do ventre
pela beleza da arte, sem receberem a conotacao de praticarem uma danca vulgar.
Tendo sido influenciada por diversos grupos étnicos do
Oriente, absorveu os regionalismos locais, que lhe atribuíam
interpretações com significados regionais. Surgiam desta forma, elementos etnográficos bastante
característicos, como nomes diferenciados, geralmente associados à região geográfica em
que se encontrava; trajes e acessórios adaptados; regras sobre celebrações e casamentos;
elementos musicais criados especialmente para a nova forma; movimentos básicos
que modificaram a postura corporal e variações da dança. Nasce então, a Dança
Folclórica Árabe.
A dança começou a adquirir o formato atual, a partir
de maio de 1798,
com a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito, quando
recebeu a alcunha Danse du Ventre pelosorientalistas que
acompanhavam Napoleão. Porém, durante a ocupação francesa no Cairo, muitas dançarinas
fogem para o Ocidente, pois a dança era considerada indecente, o que leva à
conclusão de que conforme as manifestações políticas e religiosas de
cada época, era reprimida ou cultuada: o Islamismo,
o Cristianismo e
conquistadores comoNapoleão Bonaparte reprimiram a expressão artística da dança
por ser considerada provocante e impura.
Neste período, os franceses encontraram duas castas de
dançarinas:
- · As Awalim (plural de Almeh), consideradas cultas demais para a época, poetizas, instrumentistas, compositoras e cantoras, cortesãs de luxo da elite dominante, e que fugiram do Cairo assim que os estrangeiros chegaram;
- · As Ghawazee (plural de Ghazeya), dançarinas populares, ciganas - descendentes dos grupos de ciganos dumi (دومي) (ou nawar) e helebi (os mais comuns no Egipto e na região do Levante), que passavam o tempo entretendo os soldados. Entre os ciganos do Médio Oriente, a dança não é considerada vergonhosa, e as suas mulheres cantam e dançam para animar festas de casamento e eventos em geral, o que é aceite pela sociedade mais ampla, mas contribui ainda mais para manter os ciganos com status inferior.
As Ghawazee descobriram nos
estrangeiros, clientes em potencial e foram proibidas de se aproximarem das
barracas do exército. No entanto, a maioria não respeitava as novas normas
estabelecidas, e como conseqüência, quatrocentas Ghawazee foram
decapitadas e as cabeças foram lançadas ao Nilo.
Originalmente a dança possuía um aspecto religioso nos
cultos à deusa mãe, não se sabe ao certo como foi a ligação com a
idéia da prostituição, mas acredita-se que tudo tenha começado no período de
transição do matriarcado para o patriarcado,
quando as danças femininas passam a ser vistas como ameaça ao novo domínio
político.
A história dá
um salto, e em 1834,
o governador Mohamed Ali, proíbe as performances femininas
no Cairo, por pressões religiosas. Em 1866, a proibição é
suspensa e as Ghawazee retornam ao Cairo, pagando taxas ao governo pelas
performances.
No início da ocupação britânica em 1882, clubes noturnos com
teatros, restaurantes e music halls, já ofereciam os mais diversos tipos de
entretenimento.
O cinema egípcio começa a ser rodado em 1920, e usa o cenário dos night
clubs, com cenas da música e da dança regional. Hollywood passa
a exercer grande influência na fantasia ocidental sobre o Oriente,
modificando os costumes das dançarinas árabes. Surgem bailarinas consagradas,
nomes como Nadia Gamal eTaheya Karioca, entre muitos
outros ainda hoje estudados pelas praticantes da Dança Oriental. O
aspecto cultural da prostituição relacionada à dança passa a ser dicotomizado:
criam-se bailarinas para serem estrelas, com estudos sobre dança, ritmos árabes
e teatralidade.
No Brasil a dança foi difundida pela mestra síria Shahrazad e
mestra Saamira Samia.
Na década de 1990, a dança do ventre teve o maior
impulso durante a exibição da novela O Clone,
pela Rede Globo de Televisão, produção a qual tinha por tema as
peripécias de uma muçulmana marroquina em terras brasileiras. Contudo, o
término da exibição da telenovela não arrefeceu o interesse, existindo
atualmente diversas escolas e espaços de dança dedicados à "Raks Sharqi".
A Dança do Ventre, por não ter sido, em
origem, uma dança moldada para o palco, não apresenta regulações quanto ao
aprendizado. Os critérios de profissionalismo são subjetivos, tanto no ocidente
quanto nos países árabes, embora já comecem a ser discutidos no Brasil.
Na passagem para o formato de palco, determinados
elementos cênicos foram incorporados, principalmente no Ocidente:
- · Espada: A origem é nebulosa e não necessariamente atribuída á cultura egípcia ou árabe, sendo explicada por várias lendas e suposições.
Alguns estudiosos da dança do ventre afirmam que, na
época das invasões dos bárbaros(hoje árabes)em terras egípcias, as bailarinas
eram escravisadas e dançavam equilibrando espadas na cabeça como uma forma de
dizer; "sua espada aprisiona meu corpo, mas meu espírito é livre!"
- · O que é certo, porém, é que a bailarina que deseja dançar com a espada, precisa demonstrar calma e confiança ao equilibra-la em diversas partes do corpo;
- · Pontos de equilíbrio mais comuns: cabeça, queixo, ombro, quadril e coxa;
- · Também é considerado um sinal de técnica executar movimentos de solo durante a música;
- · Punhal: Variação da dança com a espada, também sem registro de uso nos países árabes.
Alguns pesquisadores da dança defendem a origem da
dança com o punhal também na invasão dos bárbaros. As bailarinas eram tomadas
também como escravas sexuais e, quando engravidavam, era comum perderem seus bebés
ante as condições precárias de saúde e saneamento básico. Então, dançavam
fazendo movimentos circulares com o punhal em torno da barriga em referência ao
seu luto.
- · O desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos;
- · Véus: Ao contrário do que se pensa, é uma dança de origem ocidental norte-americana, tendo sido, portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas.
Existe uma parte dos estudiosos que encontra sim, a
origem da dança dos véus no oriente médio. A Dança dos Sete Véus, faz uma
referência aos sete chakras principais (pontos de energia do corpo) e é por
isso que os véus têm as mesmas cores dos chakras. Na Dança dos Sete Véus, cada
véu que a bailarina deixa cair é como se fosse um chakra que se mostra. O
último véu que cai se refere ao chakra chamado Kundalini. A Kundalini é
representada por uma serpente e se localiza no final da coluna vertebral na
altura dos órgãos sexuais. É por isso que a Dança dos Sete Véus somente deve
ser dançada para a pessoa amada, pois ao deixar cair o último véu, a bailarina
fica prometida à pessoa para quem estiver dançando. Um bom exemplo desta nuance
da cultura oriental é a bíblia dos católicos, quando cita à dança de Salomé para
Herodes Antipas à quem fica prometida em troca da cabeça decaptada de João
Batista.
Hoje é uma
dança extremamente popular, e mesmo os leigos na Dança do Ventre costumam
entende-la e apreciá-la.
Danças folclóricas
- Candelabro (shamadan): Elemento original egípcio, o candelabro era utilizado no cortejo de casamento, para iluminar a passagem dos noivos e dos convidados. Dança-se, atualmente, como uma representação deste rito social, utilizando o ritmo zaffa.Taças: Variação ocidental da dança com candelabro.Khaligi: Dança genérica dos países do golfo pérsico. É caracterizada pelo uso de uma bata longa e fluida e por intenso uso dos cabelos. Caracteriza-se por uma atmosfera de união familiar, ou simplesmente fraterna entre as mulheres presentes. Dança-se com ritmos do golfo, principalmente o soudi.
- Jarro: Representa o trajeto das mulheres em busca da água. Marcada também pelo equilíbrio.
- Säidi: Dança do sul do Egito, podendo ser dançada com o bastão (no ocidente, bengala).
- Hagallah: Originária de Marsa Matruh, na fronteira com o deserto líbio.
- Meleah laff: representação do cotidiano portuário egípcio de Alexandria. As mulheres trajam um pano (meleah) enrolado (laff) no corpo.
As danças folclóricas normalmente retratam os costumes ou
rituais de certa região de e por isso são utilizadas roupas diferentes das de
dança do ventre clássica.
A dança com a cobra é considerada ato circense - a cobra era considerada sagrada no Antigo Egito e por isso algumas bailarinas fazem alusão nas performances - mas não é considerada representativa da dança.
A dança com a cobra é considerada ato circense - a cobra era considerada sagrada no Antigo Egito e por isso algumas bailarinas fazem alusão nas performances - mas não é considerada representativa da dança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário